Whey protein realmente é essencial para a hipertrofia muscular?
Resposta direta: não é essencial, mas é altamente eficiente e estratégico, especialmente em contextos onde a ingestão ideal de proteínas via alimentação sólida não é alcançada com facilidade. Explico:
4/30/20252 min read
Whey protein realmente é essencial para a hipertrofia muscular?
Eu estava lendo um livrinho muito interessante e fazendo minhas revisões, e no capítulo de Bioquímica da Nutrição no Esporte li algo que chamou minha atenção para esse tema. Resumidamente, o texto falava sobre o whey protein e seus benefícios em relação à hipertrofia muscular e às funções imunológicas. Sabemos que tal suplementação é amplamente utilizada por atletas e pessoas que praticam diversas atividades físicas, mas enfim, bora entender o motivo.
Bom, o uso de proteína é essencial para todos que praticam atividade física, pois o treinamento resistido aumenta a excreção de nitrogênio. Sendo esse um dos metabólitos do consumo de proteínas, nos traz um sinal de alerta para o possível catabolismo proteico. Isso porque esse aumento de excreção nos deixaria em um balanço de nitrogênio negativo, o que, para o estado nutricional do corpo, significa uma diminuição dos níveis de proteína corporal e aumento do catabolismo proteico.
Vários estudos que visam a melhora da recuperação e performance de atletas já evidenciam que a utilização de proteína isolada, quando comparada aos outros macronutrientes como carboidratos e gorduras, é superior em termos de recuperação muscular e hipertrofia. Já quando combinados, o ideal é juntar proteínas e carboidratos na proporção de 1/3, respectivamente, sendo isso claro, fornecido de forma individualizada e calculado pelo peso muscular do indivíduo.
Mas vamos voltar ao whey protein. Em uma revisão que me chamou atenção, foram analisados dois estudos: um comparando o whey protein com a caseína e outro com a proteína da soja.
Bom, nesses estudos, o uso do whey protein teve vantagem. Quando comparado à caseína, o ganho de massa muscular foi de 5 kg contra 0,8 kg. Já no estudo com a proteína da soja, a diferença foi de 3 kg contra 1,8 kg de hipertrofia muscular.
Várias possibilidades podem ser consideradas na comparação entre os tipos de proteína: velocidade de absorção, qualidade e quantidade dos aminoácidos, inclusive os de cadeia ramificada, como leucina, isoleucina e valina.
Tendo em consideração que a leucina é o aminoácido que mais estimula células satélites, como a mTOR, na sinalização de síntese de proteínas, o que posso dizer é que, no cenário de suplementação alimentar, o whey é, sem dúvida, a melhor opção para consumo de proteínas — não só por esses benefícios evidenciados, mas também pelo aporte de micronutrientes que encontramos na sua forma concentrada.
Mas devemos dizer que sua suplementação é essencial?
Bom, eu diria que utilizar essa suplementação apresenta diversas vantagens, tanto na perspectiva nutricional quanto na comodidade e praticidade que ela proporciona.
Considero que, para indivíduos naturais, onde devemos buscar todas as vantagens possíveis para otimizar a sinalização para hipertrofia, se torna uma estratégia bem-vinda e válida.
Já para indivíduos que fazem uso de recursos ergogênicos especializados em hipertrofia, talvez não faça tanta diferença, já que sua sinalização e recuperação muscular estão otimizadas, e seu catabolismo proteico praticamente zerado.
Lembrando que tais benefícios só são possíveis com uma alimentação equilibrada e focada na hipertrofia muscular.
